Velozes & Furiosos e Matrix no Playstation 1

    Olá amigos, deixe eu me apresentar: meu nome é João Carlos Castro do perfil “Memórias de Um Gamer”. Eu sou o novo redator da revista Muito Além dos Videogames e é um prazer estar aqui com vocês a partir de agora para falar daquilo que a gente tanto ama: videogames, nostalgia e fé! Vamos lá então?


    Você já jogaram Velozes & Furiosos e Matrix para PlayStation 1? Não? Eu joguei e vou contar nesse post como foi.


    Duas obras-primas da cinematografia, Matrix e Velozes & Furiosos lançados em 1999 e 2001 respectivamente, alcançaram estrondoso sucesso na época. O primeiro, estrelado por Keanu Reeves, marcou por abordar um tema na época considerado futurista, a “Inteligência Artificial”, onde um sistema chamado Matrix manipulava a mente das pessoas e criava a ilusão de um mundo real para poder usar os corpos humanos para produzir energia. Matrix foi responsável por popularizar o efeito visual conhecido como “bullet time”, onde dentro de uma cena de ação em câmera lenta a câmera percorre a cena em velocidade normal. Naquele ano Matrix foi o filme da Warner Bros que obteve maior bilheteria arrecadando cerca de US$ 460 milhões, além de ter levado quatro estatuetas no Oscar.


    Velozes & Furiosos, estrelado por Vin Diesel e Paul Walker, é um filme de ação que conta uma história onde um policial disfarçado se infiltra em uma gangue para investigar roubos a caminhões que transportavam equipamentos eletrônicos caros utilizando carros de alta performance. V&F obteve arrecadação mais tímida se comparada à de Matrix, cerca de US$ 207 milhões (menos da metade) e não teve nenhuma indicação ao Oscar, porém, o filme originou uma franquia de sucesso que em maio de 2023 lançou sua décima continuação nos cinemas.


    E eu tenho certeza de que muito gamer sonhou em poder ver esses dois filmes convertidos na telinha dos Videogames, não é mesmo?


    Em meados dos anos 2000, andando por um conhecido shopping popular de Belo Horizonte me deparei com essas duas belezuras em uma das inúmeras lojas que vendiam jogos de PS1. Neo e Toreto abrilhantando as capas desses dois jogos que nunca tinha visto, aliás, nem sabia das suas existências. Mas não hesitei em levar essas preciosidades para casa.


    Foram muitas horas na frente da TV jogando Matrix e Velozes & Furiosos no meu querido PS One, confesso que Matrix não chamou muita minha atenção, mas V&F, achei simplesmente demais. Acontece que naquela época não tinha nenhum tipo de acesso à Internet e toda informação de videogame que consumia era através das extintas revistas Ação Games e Super Gamepower e também da ainda ativa revista Playstation. Acredito eu que por esse motivo passei boa parte da minha vida tendo a certeza de ter jogado esses dois clássicos do cinema no PS1.


    Não me recordo quando e nem como foi, mas em um determinado momento a decepção chegou, descobri que aqueles jogos não se tratavam de Matrix e Velozes & Furiosos, mas se chamavam "Fade to Black" que tinha a capa do Matrix e "Tokyo Highway Battle" que tinha a capa de Velozes & Furiosos.


    Isso mesmo galera: fui inocentemente enganado, ludibriado. A ilusão era tanta que nunca cheguei a questionar o fato de o nome dos jogos serem diferentes em suas telas iniciais quando ia jogar.


    Mas enfim, mesmo diante da minha inocência e falta de conhecimento naquele momento me diverti muito jogando Tokyo Highway Battle e Fade to Black (esse último nem tanto).


Um pouco sobre os jogos:


    Fade To Black é um jogo de ação e aventura 3D em terceira pessoa publicado pela Eletronic Arts em 1995. Assim como Matrix, Fade To Black aborda uma história futurista que se passa no ano de 2190, 50 anos depois da história do seu jogo antecessor Flashback publicado em 1992 para diversas plataformas incluindo Super Nintendo e Mega Drive, porém a guerra aqui não é contra as máquinas e sim contra alienígenas. Depois de destruir o planeta dos Morphs em Flashback, Conrad Hart, o protagonista do jogo, é aprisionado pelos mesmos em Lunar de Nova Alcatraz. Conrad então, recebe ajuda de John O’Conner para fugir da prisão e a partir daí sai em uma viagem interplanetária para combater os hostis alienígenas Morphs.




A capa e uma imagem de gameplay do jogo “Fade To Black”



    O game foi bem recebido pelo público na época, chegando a estar entre os jogos mais vendidos para PlayStation no Reino Unido em 1996. Apesar de terem considerado o nível de dificuldade do jogo elevado, a revista EGM concedeu a Fade To Black para PS o prêmio de jogo do mês. Além disso o jogo também foi eleito o 29º melhor jogo de PC de todos os tempos pela PC Gamer UK em 1997 e levou o 50º lugar na lista dos 100 melhores jogos da Games Master.


    Tokyo Highway Battle é um jogo de corrida lançado no Japão em 1996 pela Jaleco para PlayStation e Sega Saturn. Você começa o jogo com 3 carros e 3 pistas urbanas reais de Tóquio. A medida em que se avança no jogo vão sendo acumulados pontos para serem utilizados na melhoria dos veículos possibilitando a instalação de turbo-compressores, escapamentos, suspensões, freios e pneus. Para se ter uma jogabilidade realista os desenvolvedores do jogo contaram com a ajuda do piloto e editor da revista chamada “Best Motoring”, Keiichi Tsuchiya, conhecido no Japão como “Drift King” (Rei do Drifit) e do especialista automotivo Masaaki Bando.




A capa e uma imagem de gameplay do jogo “Tokyo Highway Battle”


Uma breve reflexão:


    Relembrando este ocorrido, e tendo a atenção despertada para o tamanho da minha inocência naquela situação, ainda que eu já estivesse bem crescidinho me veio a memória as palavras de Jesus Cristo escritas por Mateus no capítulo 18, versículo 3 da Bíblia Sagrada: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como criança, de modo algum entrareis no Reino do Céus.”


    Os discípulos, ainda não tendo uma boa compreensão a respeito do que era o Reino dos Céus iniciam uma discussão e perguntam para Jesus quem era o maior no Reino. Jesus então coloca uma criança no meio deles e profere as palavras descritas no verso 3. Jesus ali não escolhe a criança por sua inocência como muitos pensam, mas na sequência do texto Ele destaca a sua humildade. Uma criança tem naturalmente seu coração voltado para Deus com pureza e sinceridade e sempre são receptivas ao conhecimento ao contrário de muitos que acham ter mais conhecimento que os outros e tem seus corações tomados pela soberba.


    Quando o Mestre fala a respeito de conversão, Ele não está falando de mudança de religião, mas sim de uma mudança na forma de pensar e de agir. Jesus nos convida a fazermos diferente dos líderes religiosos de sua época que tinham o coração cheio de soberba e rebeldia, e até mesmo de seus discípulos que naquele momento procuravam saber quem era o maior dentre eles. Jesus nos exorta a ter, assim como as crianças, uma fé inocente e sincera Nele, uma fé que não é guiada por interesses próprios e sim por amor a Deus, uma fé que não vise obter privilégios, cargos ou famas dentro da igreja, mas que nos aproxime e nos deixe a cada dia mais íntimos e semelhantes a Ele.




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