UMA GRANDE AVENTURA - Parte 2: Donkey Kong Country 2

Autoria e Edição: Júnior Malacarne

Imagens: Internet


Não posso negar: sempre fui um rapaz pacato. Desde a infância e por toda a juventude até hoje. Mas sempre quando via e ouvia falar em algum tipo de aventura, meus olhos cintilavam e a imaginação entrava em cena, trazendo aquele deslumbramento que comecei a apresentar na primeira parte desta série de postagens (se você ainda não leu, clique aqui).


A proposta de aventura que impulsionava garotos a correrem, subirem em árvores, desbravar pequenas matas (ou algo do tipo) eram as mesmas que prendiam meus olhos diante de um bom filme ou desenho e me levavam a soprar as fitas, acionar o power no console e pegar os controles: me esperavam desafios intrigantes; donzelas, amigos ou lugares em perigo para salvar; inimigos provocadores para enfrentar e locais hostis ou misteriosos por onde passar. E como comecei a mencionar no primeiro artigo, a beleza quase sempre era algo sempre presente, seja em cenários naturais ou no próprio gráfico do jogo si, seja no enredo bem desenvolvido como um bom trabalho de tecelão ou ainda através da trilha sonora envolvente, que elevava então a experiência ao nível “épico”. E um dos grandes responsáveis por capturar a minha afeição exatamente nesse sentido desde a tenra infância foi o jogo Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest (SNES).



Só de ouvir a introdução do jogo e ver cena inicial dos macaquinhos encontrando o baú, já sei o tesouro que me espera: uma aventura épica!


Um Game Épico


Tive a honra de escrever como a Nintendo e a Rare fecharam a trilogia Country do Super Nintendo com chave de ouro com Donkey Kong Country 3 - Dixie Kong’s Double Trouble  (na edição nº 11 da nossa revista Muito Além dos Videogames) e em algum momento já cheguei a mencionar como o 2 e o 3 disputam acirradamente o topo dos meus jogos preferidos e mais marcantes de todos os tempos. Mas acho que hoje posso dizer com segurança que Diddy’s Kong Quest ocupa sim o 1º lugar.


Donkey Kong Country 2 é um memorável game de aventura. Seu enredo, trilha sonora e ambientação são épicos!


Desbravar a Crocodile Isle ao som da trilha de David Wise realmente é uma experiência única!


Enredo e Ambientação: Depois que Donkey Kong recuperou o estoque de bananas roubado de sua ilha no primeiro jogo, ele é raptado pelo pirata K. Rool (o antigo rei gatuno), e a nossa missão é controlar os macaquinhos Diddy e Dixie para resgatá-lo, enfrentando muitos desafios e aventuras através de navios piratas, vulcões, pântanos, florestas, castelos, e até uma colmeia gigante e um divertido parque de diversões. A ambientação do jogo é deslumbrante, ajudada pelos gráficos, que eram de tirar o fôlego para a época (e ainda são)!


Trilha sonora: toda a aventura épica enfrentada pelos nossos queridos macaquinhos é embalada por uma trilha sonora esplêndida. Como não falar de Donkey Kong Country 2 sem falar de suas músicas magníficas? Stickerbrush Symphony, Jib Jig, Forest Interlude, Welcome to Crocodile Isle, Crocodile Cacophony, Lockjaw’s Saga e tantas outras! David Wise, músico britânico contratado pela Rare para compôr a trilha sonora do jogo, realmente mostrou que é um gênio nesse quesito. Todo o clima de aventura do jogo não teria a mesma emoção sem as suas músicas marcantes.


Jogabilidade: esse quesito do jogo deu um salto notável, comparado ao seu antecessor. Os bônus são completados com moedas coletáveis (que contam seu avanço no jogo e habilitam fases de um mundo secreto), e em todas as fases também estão presentes as inovadoras “moedas DK” (que também marcam seu avanço no game: seu nível de aventureiro não é o mesmo se não as coletar). A nova personagem Dixie também foi uma inovação fenomenal: agora podemos “planar” com o girar de seus cabelos, abrindo diversas possibilidades na jogatina (sem falar da sua apresentação tocando guitarra ao completar uma fase com um pulo certeiro no alvo final: eu sempre terminava as fases com ela na infância só para ouvir aquele solinho maneiro!).



O game enriquece a jogabilidade trazendo novos objetivos. E apesar de Diddy Kong ser o protagonista da história, na minha opinião Dixie quase (ou praticamente!) rouba a cena da aventura com seu charme e capacidade de “planar”


Um Game para a Vida 


Eu sei que DCK 2 não marcou apenas a minha vida, mas a de muitos gamers mundo afora. E uma coisa eu garanto que ele pode te ajudar a pensar: sua vida pode ser uma grande aventura! Sua vida tem um objetivo, uma missão, uma vocação (ou mais). Sua passagem neste mundo pode ser uma grande aventura. Quer seja em grandes projetos, quer seja nas pequenas coisas do dia-a-dia, no uso de teus dons e habilidades, encontrarás um sentido para isso tudo na vontade e na glória do Deus que te criou. Do contrário tudo será vaidade.


O grande rei Salomão percebeu que as coisas deste mundo não poderiam satisfazer o anseio de seu coração (leia os 2 primeiros capítulos de Eclesiastes, na Bíblia). Viu assim que tudo era vaidade e chegou a considerar a vida um fardo, algo sem sentido (Ec 2: 17). Mas descobriu que nesse mundo tudo seu tempo - sua ocasião e sua finitude (Ec 3: 1) -  que Deus fez tudo formoso/belo no seu devido tempo (Ec 3: 11a) e que nosso anseio não pode ser plenamente satisfeito nesse mundo porque temos a eternidade, a infinitute em nosso coração, ali colocada por Deus com propósito (Ec 3:11b). O sentido da vida é aproveitar plenamente cada momento presente como uma dádiva de Deus (Ec 3: 12) e viver para a sua glória (Apocalipse 4: 11) cumprindo o seu propósito (Provérbios 3: 19 e 21) e participando de sua santidade (Hebreus 12: 10). Jesus é a água que sacia a sua sede e dá sentido à sua vida (João 4: 13-14).


Nunca se esqueça que haverá muitos desafios e batalhas para enfrentar nessa aventura da vida. Mas creia e permaneça em Cristo. Ele nos disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo pois eu venci o mundo" (João 16:33). No mundo vamos passar por fases difíceis, mas tenhamos bom ânimo pois ele zerou o jogo! Podemos confiar, descansar e nos encorajar em nosso mestre.



Qual o sentido da vida? Pense bem: 

sua vida pode ser uma grande aventura se encontrar seu verdadeiro sentido


Conclusão


Lembro-me das ocasiões da infância em que eu sentava numa roda de primos e amigos para ver os mais velhos ou mais habilidosos jogarem, quando certa vez apareceu diante de meus olhinhos tenros essa grande obra de arte dos games. Dali para frente foi só alegria jogando esse jogo. E até hoje, quando escuto a música de abertura e vejo aquela arte inicial dos macaquinhos encontrando o baú do tesouro ao som de “K. Rool Returns”, confesso que uma ímpar emoção inspiradora me invade.


Donkey Kong Country 2 - Diddy’s Kong Quest marcou minha infância e, além da diversão, causa-me muito deslumbramento desde então. Vale a pena jogar (ou jogar de novo rs). Vale a pena se inspirar com ele para, com fé em Deus, enfrentar as aventuras da vida!


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