Sonhos e Videogames
Nesta crônica, vou falar da minha infância e da relação dela comos videogames, em especial, o Master System.
Ganheido meu pai um Master System de presente de aniversário. Eu deveriater uns 12 ou 13 anos. Era um presente caro, e o combinado então eraque meus irmãos pudessem ter livre acesso a ele, tanto para jogar, ouaté para pedir novos jogos, mas o fato é que antes, eu azucrinava, dia enoite, a minha mãe, de tanto pedir. E ganhei... E quando ganhei,voltamos da loja Fujioka da Vila Nova para a Vila Itatiaia (tudo emGoiânia). De ônibus...
Dentrodo ônibus tive o maior cuidado, ainda mais por não estar sentado, emeu pai dando uma dura em cima de mim, para ser um bom aluno, e queera um presente muito caro... e realmente era... O Master System eralindo, e vinha com dois jogos na memória, um deles, Hang-On de corridade motos, o outro, Safari Hunt de pistola. Aliás não sei se meu paicomprou também a pistola ou se meu modelo de Master System vinhacom ela (LightPhaser). O Fato é que meu pai comprou também o jogo Rambo 3 (que sejogava com ela) e Altered Beast. Quase não comprávamos jogos, porisso, íamos às locadoras para jogar videogames mais avançados como, por exemplo, o Mega Drive que. assim como Master System, eram da SEGA e, no Brasil, da TECTOY que representava a SEGA por aqui na época, e para alugar jogos, geralmente nasexta-feira, e passávamos o final de semana, jogando, e, devolviíamos o jogona segunda ou terça-feira.
Foiassim durante muito tempo e, até hoje, a beleza dos jogos me exercemfascínio. Hoje tenho vários consoles, portáteis ou não. Mas nemsempre foi assim. Um amigo de infância só deixava eu assistí-lo jogando Master System, a mãe dele dava pra ele um jogo por mês, masele foi, pouco a pouco, me emprestando sues jogos em troca dos meuspoucos... Zerei (terminei) todos jogos dele e os meus.
Quandoele trocou o Master dele com 14 jogos por um Mega Drive, semcartucho, eu pirei, e sempre depois do almoço ia pra casa dele para ‘vê-lo’ jogar por uma, uma hora e meia.
Fiqueilouco pelo Mega Drive. Que não dava para comparar com o MasterSystem, de tão superior, tanto em gráficos, que eramincríveis, como também no ótimo som. Meus pais não tinhamdinheiro pra comprá-lo. O que era super compreenssivo. Então, quasefui trabalhar num supermercado em Goiânia para, simplesmente, juntar dinheiro para comprar o Mega. O que de fato aconteceu... masessa é uma outra história. Que pretendo escrever numa próxma vez...
Leonardo Daniel
*o autor é poeta, escritor e professor. Suas crônicas gamers foram publicadas originalmente no Jornal Centro-Oeste de Inhumas/GO e em seu site pessoal e foram cedidas voluntariamente após a leitura da trilogia Muito Além dos Videogames.
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