Recursos que Os Jogos de NES Utilizaram e Os de SNES Não
Autoria: Eurípedes CDX
Edição e Revisão: Júnior Malacarne
Imagens: Internet
Olá mais uma vez amigos e amigas do nosso Blog. Hoje eu quero falar sobre algo que me deixou muito pensativo: Porque o NES 8 Bits usou alguns recursos para seus jogos e o seu sucessor, o Super Nintendo não usou? Vamos listar para vocês alguns desses recursos que, de certo modo, fizeram falta no console de 16 Bits da Nintendo. E para começar, quero falar de um recurso que o NES e outros consoles aproveitaram bem, mas o SNES, até onde eu sei, nunca usou: Este primeiro recurso é a troca de músicas ou a opção sem música nos jogos de corrida.
Existem 2 jogos de corrida que eu gosto muito no NES: Rad Racer (“Highway Star”, no Japão) e F1 Built to Win. Nestes 2 jogos é possível escolher a música para cada corrida ou a opção sem música, esta serve para ouvir melhor o som do motor, nitro e os pneus "cantando" nas curvas - e também para muitos, ajuda na concentração ou até mesmo dá pra escutar uma música de gosto pessoal enquanto você corre. Além do NES, vários outros consoles usaram esse recurso em seus jogos de corrida, mas o SNES, não sei por que, nunca aproveitou tal recurso em seus jogos até onde eu sei (claro, as empresas desenvolvedoras tem a sua "parcela de culpa"), conheço muitos jogos de corrida do SNES e até hoje nunca vi nenhum utilizando tal recurso.
Um exemplo: Lotus Esprit Turbo Challenge do Amiga cd 32 que é o primeiro jogo da trilogia e já possui uma rádio para escolher a música. Engraçado que a Gremlin Graphics não usou esse recurso em nenhum Top Gear, já que foi a programadora da franquia e se baseou em muitas coisas da mesma para criar o primeiro Top Gear, inclusive pedindo para o compositor das músicas, Barry Leitch, para compôr para Top Gear e o mesmo aproveitou faixas das mesmas e mixou para o jogo. No primeiro Top Gear eles ainda tinham desculpa para não inserir essa opção, pois estavam recém conhecendo o novo sistema ( Top Gear era pra ter saído para NES, mas a pedido da Nintendo, o jogo foi reprogramado às pressas para SNES) mas para os dois próximos títulos da franquia, não há o que dizer. O NES e o Mega (na franquia Outrun) usaram esse recurso sem problema algum. Será que existe algum jogo de SNES que usou esse recurso e eu não sei? Deixe aí nos comentários por favor! A Trilogia Top Gear e Lamborghini American Challenge com opção de troca de música ficariam bem mais interessantes, não acha?
No PS2 também podemos escolher as músicas de Outrun 2 Coast to Coast em um rádio automotivo muito estiloso. Este, além das faixas originais, possui algumas novas bem interessantes. Para mim, cada vez mais jogos deveriam ter essa opção, pois convenhamos, nem sempre todas as músicas de um jogo são obras-primas, como as faixas da franquia Streets of Rage, compostas por Yuzo Koshiro. Acredito até mesmo que, no futuro, você poderá inserir ao seu jogo digital as músicas do seu cantor ou banda favorita, mas daí já é outro assunto que poderá ser explorado à parte mais para frente.
Recurso 2 - SNES com músicas de onda quadrada: Claro, para muitos não faria sentido jogos de SNES rodando com músicas ao estilo do Nintendinho, mas é impossível negar que muitas são lindíssimas e tem o seu charme. Por exemplo, as músicas de Megaman, Mighty Final Fight, dentre outras. Sabemos que, no projeto original do SNES era pra ele rodar os jogos de NES nativamente, ou seja, ser retrocompatível, provavelmente com um segundo slot para cartucho, semelhante ao Dynavision 4, ou talvez com um adaptador, tipo aquele de jogar jogos de Master no Mega. Tanto, que hoje em dia existe um emulador que "converte" ou adapta jogos de NES para rodarem em SNES, sendo que estas roms podem ser salvas em um Everdrive ou cartucho repro mesmo. Isso me faz acreditar que o SNES tem capacidade para rodar facilmente músicas de NES. Tem músicas que, quando remixadas para outro console, acabam perdendo a graça, lógico, na minha opinião. Isso se torna bem visível quando falamos da diferença entre as músicas de Megaman X3 de SNES e as suas versões com som de CD do PS1. Com exceção da música da fase do Blizzard Buffalo, que para mim deu empate técnico, pois ambas ficaram muito boas, o resto eu prefiro a versão do SNES, ou seja, nem sempre som com qualidade de CD quer dizer que a composição ficará mais bonita. Seguindo essa linha de raciocínio, acredito que, se certas músicas de jogos de NES fossem remixadas para SNES acabariam perdendo a graça.
Recurso 3 - Coletâneas de muitos jogos: Eu sei que as coletâneas que eu vou citar não são oficiais, mas de um Famiclone, porém é óbvio que, se rodam em um clone, rodam no original. Se a Dynacom criou cartuchos de até 106 jogos, porque não poderiam ser criados para o NES (Famicom) original? O SNES também poderia ter ganhado cartuchos com mais coletâneas, não acha? Temos alguma coisa oficial como Super Mario All Stars, jogos de nave e por aí vai. O máximo que você achava por aí eram cartuchos piratas de 3, 5, 7 ou até 9 em 1. Geralmente com um ou dois jogos legais e o restante bem simples.
Hoje em dia por causa dos everdrives as pessoas até podem ter vários jogos juntos, mas no passado tinham que se contentar apenas com as pequenas coletâneas oficiais ou não oficiais.
Recurso 4 - Pistola: O NES teve uma pistola muito legal, a NES Zapper, que nos possibilitou jogar games memoráveis como Duck Hunt e Wild Gunman. Tinha um tamanho bom e era prática de instalar, pois ia no encaixe do controle 2. Seu rival de geração, o Master System também teve uma pistola tão estilosa quanto ela, a Light Phaser. Os famiclones aqui no Brasil, apoiados pela Lei de reserva de mercado, deitaram e rolaram. Cada um lançou a sua própria versão da pistola, sendo umas das mais bonitas as dos modelos dos Dynavisions. Até mesmo o Polystation, famiclone importado, teve a sua pistola que, ao contrário do NES, Master e outros famiclones, não era algo parecendo que saiu de um filme de ficção científica espacial, futurista, mas foi inspirado numa pistola de verdade.
Mas você vai dizer: Espera aí, mas o SNES teve a Super Scope. Teve sim, mas era uma bazooca, grande, cara e consequentemente mais difícil de transportar e rara de achar, eu, pelo menos nunca vi uma de perto. Aqui na minha região nem o Super Gameboy eu vi…
Eu sinceramente não sei o que passou na cabeça deles, se queriam dar uma ar mais sério ou mais radical, para agradar um público pré adolescente e adolescente, fazendo frente ao poderoso Megadrive, mas perderam a oportunidade, abrindo mão de lançar outra pistola. Na minha opinião, eles ganhariam muito mais dinheiro se lançassem as 2 versões. Outro ponto muito questionável é o número limitado de jogos que temos para jogar com a Super Scope, um cartucho com 6 jogos que vem junto com o acessório e mais um ou outro jogo que dá pra usar como o Lamborghini American Challenge, quase um easter egg e, para a maioria de nós desconhecido, se não fossem os Youtubers retrogamers de plantão - ao todo apenas 11 jogos oficiais eram compatíveis com o acessório.
O Megadrive foi outro console que poderia ter tido jogos incríveis para jogar com pistola, mas isso também é outro assunto que poderá até virar matéria no futuro.
Fora que, o console tinha um potencial gigante para jogos de tiro, ou variantes de jogos que foram lançados. Deixo como exemplo aquele mini game do Sunset Riders que temos que atirar em vários inimigos ou o próprio Wild Guns, que poderia ter uma variante para jogar com pistola. Em contrapartida, o SNES está cheio de acessórios praticamente desconhecidos aqui no ocidente, como taco de beisebol, cartuchos para jogos do Satellaview, cartucho para apostas de jogo de corrida de cavalos, Sufami Turbo, um acessório exclusivo para encaixar os mini cartuchos dos jogos da Bandai e por aí vai... em meio a tantos acessórios, não poderiam ter lançado uma pistola???
Recurso 5 - R.O.B. O robô ajudante: O R.O.B. é um “robozinho” muito simpático e com cara dos anos 80 e início de 90 que te ajudava em 2 jogos cooperativos que vinham no mesmo cartucho. R.O.B. (abreviatura de Robotic Operating Buddy) é um acessório para o Nintendo Entertainment System. Foi lançado em julho de 1985 no Japão e em outubro do mesmo ano na América do Norte. Ele teve uma vida útil curta, com suporte para apenas dois jogos que compõem a série Robot Series: Gyromite e Stack Up. Foi lançado com a intenção de retratar o Nintendo Entertainment System como um novo brinquedo, a fim de aliviar os medos de varejo após o crash norte-americano do videogame de 1983.
Era um robô que servia de jogador 2 em alguns jogos, mas foi um fracasso, já que era mais fácil usar o outro controle, ou seja, um jogador com dois controles ou um amigo ou irmão te auxiliando. O R.O.B. vinha com peões que giravam para auxiliar no jogo. Também aparece nos jogos Mario Kart DS; Super Smash Bros. Brawl; Super Smash Bros. para Nintendo 3DS e Wii U; e Super Smash Bros. Ultimate.
Trecho retirado do site Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/R.O.B.
Era isso pessoal, acabei descobrindo 5 recursos que o NES utilizou e o SNES não, espero que gostem. Se souber de mais um é só deixar nos comentários, até a próxima, Deus abençoe!
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