Os Tipos de Retrogamers que existem

Autoria: Alexandre Bastos e Eurípedes CDX

Edição, Revisão e Legendas: Júnior Malacarne

Imagens: Internet


    Fala amigos e amigas, leitores e leitoras aqui do Blog! Hoje, meu amigo Alexandre Bastos, do canal do Youtube Mutação Gamer e que inclusive já escreveu 2 matérias para as nossas revistas, vai trazer uma reflexão interessante sobre os Tipos de Retrogamers que existem.


    Afinal, o que é ser um retrogamer? Uma pessoa que dá final nos games antigos (em certas regiões nós chamamos de virar o jogo, finalizar ou zerar o jogo), aqueles games difíceis, o cara vai e dá final? É o cara que coleciona videogames antigos? Será que são somente essas definições que temos de uma pessoa retrogamer? Fala pessoal, tudo bem com vocês? Alexandre Bastos aqui trazendo algumas curiosidades sobre esse mundo do colecionismo dos videogames, sobre tudo relacionado a videogames, na verdade. E hoje vamos falar justamente sobre o que define um retrogamer, os tipos de retrogamers, porque existem vários, na verdade, segmentos dentro do assunto retrogamer.

    E, queria trazer um pouco desse assunto para debater um pouco com vocês sobre essa essência, essa paixão nossa com os jogos antigos, beleza? No final da matéria eu trago uma esplanada geral da minha opinião sobre o que define ser um retrogamer. Mas antes disso, a gente precisa passar pelos tipos de retrogamer, que é o tema da matéria, ok? Quais os tipos que eu, analisando aqui, defini, claro, dentro da minha opinião, dentro da minha vivência no mundo dos videogames e do colecionismo de videogames. E quais são os tipos de retrogamers que eu identifiquei.

Se tiver algum que eu não tenha mencionado, ou que vocês tenham uma visão diferente, não deixem de colaborar nos comentários, dizendo o que vocês acham que eu deixei passar ou não. Ou que algum tipo que eu defino mas vocês pensam ou enxergam de uma maneira diferente também, deixem aí nos comentários.

    Começando pelo Retrogamer Raiz: O que eu considero o retrogamer raiz é aquele cara que é apaixonado pelos games que ele viveu na infância. Sempre que sair assuntos sobre videogame, ele vai falar daqueles jogos, daquelas franquias, ele acompanha aquelas franquias que ele jogou.

    Tem muita nostalgia com relação a isso, principalmente quando se fala o que ele jogou com os amigos, essas experiências de vida que ele teve no passado com aqueles games. Então, para ele não importa, não necessariamente, um retrogamer raiz, é um retrogamer que coleciona, que ele quer ter os itens, ele quer jogar, ele quer falar sobre esse assunto, ele quer compartilhar com os amigos sobre esse assunto. Então, esse pra mim é o retrogamer raiz, é o retrogamer apaixonado pelos games que ele viveu, que ele jogou na infância.



Retrogamer Raiz é aquele que é apaixonado pelos games que ele viveu na infância. 

Tem muita nostalgia envolvida.


    Retrogamer casual: Na contramão do retrogamer raiz, nós temos o retrogamer casual, o retro-gamer ocasional, podemos dizer também. É aquele cara que teve uma experiência legal, ele gostou, curtiu videogame na sua infância, no passado, e não necessariamente manteve o contato com esses games antigos.

Ele até acompanhou a evolução dos consoles, joga videogames de última geração, mas ele não necessariamente tem o contato permanente com aquele videogame ou com aquele game que ele curtiu na infância. Mas quando ele vê, quando ele tem esse contato, bate aquela nostalgia, ele joga, curte, então lembra, compartilha às vezes com os filhos sobre esses games, sobre essas experiências, mas não é uma coisa que ele traz no dia a dia. Principalmente nos eventos, a gente vê muito esse tipo de retrogamer: aquele cara que vai pra dar uma resgatada naquele momento, naquela nostalgia, mas não é uma coisa que o cara vivencia, ou a pessoa, pois pode ser uma mulher também, ela não vivencia aquilo no dia a dia, não tá com aquela experiência constante, convivendo com ele como um retrogamer raiz.

Mas não deixa de ser um retrogamer, porque ele ou ela gosta daqueles games que ele vivia na infância e sempre que tem oportunidade ele tá resgatando isso. 

    Retro-gamer Nutella: Próximo tipo de retrogamer é um retrogamer polêmico, um retrogamer Nutella, termo que o pessoal usa muito hoje em dia para vários tipos de assunto.

É o retrogamer que vai no embalo da galera, que vê que o nicho tá crescendo ali, que tá popular, que tá na moda, você quer colecionar videogames ou jogar os games antigos, e aí o cara se contagia com aquilo. Às vezes não é uma questão de aparecer e tal, mas ele se contagia com aquela vibe da galera gostando, curtindo os games antigos, e tem curiosidade, vai pesquisar a respeito, vai ter essa experiência de jogar, mas é uma coisa muitas vezes passageira, ou muito casual mesmo: ele gosta, ele tem interesse, mas não é uma coisa que ele vai tá cultivando no dia a dia dele. Principalmente, vamos falar aí do pessoal de 20 anos para cá, pessoal bem mais novo, tem muito essa característica de gostar, de ter algum interesse, de ter curiosidade, e ter um contato ali um pouco passageiro ou esporádico com os games antigos, e isso nós podemos caracterizar, eu penso, como retrogamers Nutella.

    Retrogamer Relâmpago: Próximo tipo de retrogamer, vamos dizer, seria uma sub-categoria do retrogamer Nutella, vamos chamar de retrogamer Relâmpago. É um tipo de retro-gamer que passou por um momento da vida de viver, reviver os games antigos, ou de conhecer os games antigos e ter contato com a comunidade, com a cultura dos retrogamers e às vezes até colecionou algumas coisas mas passou. E ele não tem mais aquela experiência, por exemplo, se ele começou a colecionar, ele vende tudo, ele desfaz de tudo e não tem mais contato com isso.

    Vamos falar que seria uma sub-categoria do Nutella. Eu acho que eles, o pessoal mais novo, eles têm essa... acontece muito isso, deles terem algum contato, acharem legal e tal, viver isso intensamente e passou. Acabou, daí não quer mais, aí vende tudo, desfaz de tudo, e talvez só tenha um contato esporádico futuramente. Vamos chamar esse do retrogamer Relâmpago.



Os retrogames são apenas uma moda ou nicho passageiro, 

ou são um marco cultural e permanente?


    Retrogamer Fanboy: A próxima categoria, é o retrogamer Fanboy. Ele pode ser um retrogamer fã de uma franquia específica, ou de um console específico. Ele está mais ligado ao retrogamer raiz, ele tem aquela sensação de nostalgia, de saudades, de vivência de um console específico, de um game específico, e ele é muito focado nisso, ele não abre mão de jogar aquele jogo, ou aquela franquia, ou aquele console, pra ele é o melhor do mundo e nada supera e tal.

Então, esse vamos caracterizar como o retrogamer Fanboy. Normalmente eles são bem radicais, naquele gosto, naquela opinião sobre aquele game, sobre aquela franquia, como o JRPG, com aquele console, o Mega Drive, o Super Nintendo, principalmente essa geração dos console wars, eu acho que tem muito isso. Console wars dos 16-bits, tem muito, mas é diferente dos fanboys das gerações mais atuais, eu acho.

    Tá muito ligado a essa questão do saudosismo, da nostalgia, natural também, da questão retrogamer, tá sempre ligado a isso, mas eu acho que essa é a diferença. Ele se prendeu àquela vivência do passado, com um console específico, um game específico, ou uma franquia específica, não tem que ser repetitivo, mas já sente, então ele fica focado nisso aí, e é isso que importa para ele, não importa os outros videogames, não importa a história do videogame, ele gosta daquele segmento ali que ele sempre curtiu, e ponto final.



Será que ainda existe “Console Wars” hoje em dia?

 

    Retrogamer Radical: Agora temos o Retrogamer Radical, aquele cara que só os jogos do passado importam para ele. Nada do que sai hoje em dia presta, tudo é uma porcaria, os jogos não tem mais alma, não tem mais história, o que importa são os gráficos, as cutscenes, nada, não tem mais aquela essência do passado, aquela essência dos games antigos.

    Então esse é o Retrogamer Radical, né, pra ele só importa o que saiu no passado, só isso que é bom, só isso que presta, e hoje em dia nada mais faz como se era antigamente, então pra ele só vive e joga aquilo que ele jogou no passado, e o resto, de uma maneira bem radical, ele abomina tudo isso aí que existe hoje em dia, principalmente falando de 2010 pra cá, vamos dizer assim, geração antiga. Xbox 360, Playstation 3 e tal, tudo dali pra cá, tudo não presta mais, então esse eu acho que é o Retrogamer Radical, não tem a mente aberta pra enxergar as coisas que mudaram, que evoluíram, algumas coisas mudaram para pior, outras pra melhor, então ele não tem essa visão, não enxerga; até enxerga, mas não concorda, e pra ele só importa o que ele viveu e jogou lá na infância dele, lá no passado. 

    Retrogamer colecionador: Agora vamos falar na categoria no qual eu me encaixo, eu me considero um Retrogamer colecionador, e o que é ser um Retrogamer colecionador baseado na experiência do Alexandre Bastos tá, na minha vivência, na minha experiência? É o Retrogamer que pegou a essência lá da jogatina, da experiência de ter jogado aqueles games no passado, na minha infância, com a essência de colecionismo, com a essência de colecionador, no meu caso, eu sempre gostei de jogar os games antigos, e eu também sempre tive uma essência de colecionador, eu já colecionei selos, já colecionei gibis, já colecionei figurinhas, já colecionei um monte de coisa, então juntou essas duas essências, e eu me considero hoje um Retrogamer colecionador, né, eu tenho aquela coisa do Retrogamer raiz, de gostar muito dos jogos do passado, e também de colecionar.



O que não pode faltar numa coleção retrogamer?


    Retrogamer “mente aberta”: Esse não foi o Alexandre que escreveu. Fui eu, o Eurípedes CDX, lá nos comentários do vídeo e ele gostou. O Retrogamer mente aberta é totalmente o contrário do Retrogamer Radical. Esse tipo de retrogamer ainda vive a saudade dos tempos de criança, mas sabe que jogos bons e ruins foram e são produzidos em todas as épocas. Ele não se apega em tentar jogar com a melhor experiência, com TV de tubo, cabos de época, console original, nada disso. Ele joga conforme as suas possibilidades financeiras e parte para a forma mais prática e rápida para se divertir e recordar os bons momentos. Se não tem o console, ele emula no PC, baixa as roms e joga. Não se apega. Se vê um jogo atual interessante e consegue adquirir, ele adquire. Joga até numa calculadora se der. Um bom exemplo de retrogamer de mente aberta que temos hoje no Youtube é o Fábio Simão, do canal Pirata Simão. E da minha parte era isso, agora dando segmento às considerações do Alexandre Bastos...

    Eu acredito que a maioria desses segmentos tem essa mesma lógica de se formar, é claro que existem outras categorias de Retrogamers colecionadores. Mas, voltando na questão do tipo, baseado na minha experiência, na minha vivência, essa união do Retrogamer raiz, da essência do Retrogamer raiz com o colecionador, potencializaram uma série de coisas, uma série de expansões com relação a não só jogar os jogos antigos e colecionar, entendeu? Me trouxeram novas experiências, que me levaram a ajudar a formar comunidades de Retrogamers, enxergar os Retrogamers como cultura, não só como um rótulo de quem gosta de games antigos; me levaram a ajudar a organizar eventos, a ter o canal, escrever para livros, revistas, participar de documentários. Então, o Retrogamer colecionador, muitos Retrogamers colecionadores são fechados ali dentro das suas coleções, não necessariamente potencializam isso de outras maneiras, mas muitos seguem esse caminho, e isso que eu acho mais legal.

    E reforçando mais uma vez, eu estou falando do Alexandre, o Retrogamer colecionador Alexandre Bastos, não estou generalizando. Cada um tem suas características, mas eu vejo muitos amigos que tem a mesma pegada que eu, seguindo os mesmos caminhos. Posso citar exemplos, o Amigo Gilão, do Games que Pariu, o Alex Mamed, que já participaram aqui no canal, o Marcos Garret, que era um grande colecionador, hoje produz documentários, livros, produz games, putz, nossa, se eu for falar aqui vai longe, quem me acompanha sabe muito bem desses amigos que desenvolvem trabalhos excepcionais na comunidade Retro-gamer, poderia citar muitos e muitos e muitos aqui. Só para exemplificar alguns.

    Então, o Retrogamer colecionador tende a seguir nesse caminho, ter canal no YouTube, compartilhar seus itens, que é um modo de preservação, organizar exposições, que também é um modo de preservação, de divulgação, é muito legal, muito gratificante você pegar um videogame que quase ninguém conhece, levar num shopping, por exemplo, e a galera olhar e falar: “nossa, que videogame que é esse? Eu nunca vi. Dos anos 70? Dos anos 80?”, e a galera gosta, tem curiosidade sobre aquilo, as crianças verem sobre aquilo, então eu acho muito gratificante isso, dar um outro nível para a coleção. Então, esse eu fecho aqui com a minha conclusão do que é ser um Retro-gamer, vamos lá, Retro-gamer é o cara que é apaixonado por videogame antigo, não importa se ele coleciona, não importa se ele só joga, não importa se ele joga de vez em quando aqueles games antigos, não importa se ele vai às vezes num evento, mas não necessariamente está jogando ou colecionando algo. Eu considero o Retrogamer, de um modo geral, o cara que é apaixonado por games antigos, que gosta, que apoia de alguma maneira esse segmento que a gente luta para manter, para preservar, então esse para mim é o Retrogamer, de um modo geral, não importa o tipo, não importa a categoria em que você se enquadra: isso aí.



Retrogames unidos podem manter vivo esse sentimento!


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Texto criado a partir de um vídeo feito por Alexandre Bastos, membro do VGDB – Vídeogame Data Base e um dos organizadores do evento Retrogames do Vale do Paraíba. Áudio transcrito para texto por: TurboScribe.ai



Revisão, adaptação e informações adicionais:  Júnior Malacarne e Eurípedes CDX, dois dos redatores do time da Revista, Blog e Canal “Muito Além dos Videogames”.


Canal do Alexandre Bastos no Youtube: https://www.youtube.com/@muta%C3%A7%C3%A3ogamer


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