O Gamer Casado

Autoria: João Carlos Castro

Revisão, Edição e Legendas: Júnior Malacarne

Imagens: Internet


Olá, meus caros amigos, tudo bem com vocês? Na matéria de hoje não vou falar sobre nenhum jogo, mas sim sobre nós jogadores. Para ser mais específico gostaria de fazer aqui uma breve reflexão sobre a vida do(a) gamer casado(a). 

É fato que nos últimos anos, os videogames deixaram de ser uma fonte de diversão exclusiva de crianças e adolescentes e se tornaram amplamente aceitos entre os adultos. Muitos desses gamers adultos de hoje são casados e precisam encontrar um ponto de equilíbrio entre a diversão e as responsabilidades, seja ela familiar, profissional ou de cunho espiritual. Essa questão pode gerar conflitos, mas também pode ser uma oportunidade de crescimento mútuo, respeito e amor, refletindo os princípios bíblicos no relacionamento.

A Bíblia ensina que há tempo para todas as coisas: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1). O lazer, incluindo os videogames, pode fazer parte desse equilíbrio, desde que não comprometa prioridades como o cuidado com o cônjuge, a família e a comunhão com Deus. O apóstolo Paulo nos encoraja em Filipenses 2:4: “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” Esse versículo pode ser aplicado diretamente à convivência entre um gamer e seu cônjuge, onde o respeito mútuo e o sacrifício são fundamentais.



Os videogames podem ser uma boa fonte de lazer, desde que não comprometam o cuidado com o cônjuge, a família e a comunhão com Deus.


Para entendermos melhor vamos analisar o tema proposto sobre três perspectivas: A primeira se trata de quando o cônjuge não se importa que seu parceiro(a) jogue, desde que isso seja feito de forma equilibrada. Por exemplo, se o marido gosta de jogar à noite depois do trabalho e sua esposa entende que esse momento é uma forma de relaxamento, mas ambos concordam em reservar um tempo antes do jogo para conversarem ou realizarem uma atividade juntos ou se a esposa gamer aproveita seu tempo livre para jogar com amigos online e o marido também apoia o seu momento de lazer, mas juntos estabelecem limites para que isso não interfira nos momentos de qualidade como casal. A disposição de um dos cônjuges aceitar que o outro tenha um momento de lazer jogando videogame mostra o que Paulo ensina em 1 Coríntios 13:5, ao descrever o amor como “não buscar os próprios interesses”.

Por outro lado, podemos nos deparar com uma segunda situação. Aquela em que o jogo pode se tornar motivo de conflito, especialmente se o tempo gasto interfere nas responsabilidades familiares ou espirituais. Se acontece, por exemplo, de um cônjuge jogar por horas todos os dias, ele pode estar negligenciando o tempo com a família ou tarefas importantes. Nesse caso, é necessário ter um diálogo e ajustes no tempo gasto com a diversão. Pode acontecer também de um cônjuge que não aceite que seu parceiro gaste seu tempo jogando, sentir-se excluído ou ignorado, o que demanda empatia e abertura para incluir o parceiro na atividade ou buscar alternativas. A Bíblia nos chama a viver de maneira equilibrada: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5:15-16). Isso significa que o tempo com os jogos deve ser bem administrado, honrando a Deus e ao cônjuge.

No entanto, existe uma terceira situação, e essa eu acho que deve ser o sonho de todo gamer, seja um homem ou uma mulher, que ambos os cônjuges gostam de uma boa jogatina. Em vez de separar, os videogames podem se tornar uma atividade compartilhada utilizada para fortalecer o casamento, seja cooperando em um jogo de aventura ou competindo amigavelmente em títulos mais leves. A prática dessa atividade fortalece os laços e cria momentos de diversão, enquanto mostra disposição para entrar no mundo do outro. Essa situação nos mostra o princípio de Romanos 12:10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Mostrar interesse no hobby do parceiro é uma forma de expressar amor e respeito.



Seu cônjuge pode também ser gamer ou talvez nem gostar de videogames. O importante é haver amor, respeito e responsabilidade na relação.


A minha esposa por exemplo não gosta de videogame, mas não se importa quando eu tiro um tempinho para jogar, seja sozinho ou com meus filhos. Mas eu sempre procuro separar um tempo para diversão com sabedoria e sem excessos para não prejudicar nosso relacionamento. 

Independentemente de como o casal gerencie o tempo dedicado aos jogos, é essencial que Deus esteja no centro do relacionamento. Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Isso significa que as prioridades espirituais devem estar acima de qualquer hobby.

Agora me conta aqui como é aí na sua casa?



Comentários (2)

Rafael de Oliveira - BLACKBELT Games

30 Novembro, 2024
Graça e paz! Muito interessante a matéria, especialmente pela abordagem pautada na Palavra de Deus. Realmente, é mais fácil quando o cônjuge compartilha dos mesmos gostos (não necessariamente das mesmas atividades, pois no meu caso, minha esposa gosta de assistir eu jogando). Sem Jesus Cristo, eu não teria paz sequer para me divertir, portanto, entendo que buscar a Deus e a Sua Justiça, priorizando-o, e elevando laços com a família que Ele nos deu, traz a paz e a alegria também para os momentos de lazer cpm videogames. Muito obrigado pela Palavra, e que Deus guarde e abençoe a todos!

Brener Pereira Borges

30 Novembro, 2024
Uau! Excelente reflexão! Na minha casa minha esposa gosta de jogar alguns jogos retros. Ano passado zeramos Goof Troop juntos, foi sensacional e muito divertido.

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