Cinco jogos de RPG que marcaram minha vida
Autoria: João Carlos Castro
Revisão: Sammis Reachers
Edição e Legendas: Júnior Malacarne
Imagens: Internet
Olá, pessoal, tudo bem? Há algum tempo publiquei aqui no blog um artigo falando sobre os seis jogos de futebol que marcaram minha vida. Agora resolvi fazer uma série de listas com jogos que marcaram a minha vida gamer, e para dar sequência gostaria de compartilhar com vocês hoje sobre os cinco jogos de RPG.
Confesso que RPGs (Role Playing Game ou “jogo de representação”, em português) nunca foram o meu forte e nunca estiveram entre meus favoritos. Na verdade, na época nem compreendia muito bem o conceito de RPG, e ainda hoje não entendo muito, mas mesmo assim resolvi me arriscar e trazer essa história para vocês (rsrs). Tive a oportunidade de jogar jogos considerados grandes no que diz respeito a esse estilo na era 16 bits como Super Mario RPG, Breath of Fire 2 e Chrono Trigger, mas não me chamaram muito a atenção. A única exceção nesse tempo foi “The Legend of Zelda: A Link to the Past”, ainda que alguns não o considerem como RPG.
Consegui ter um maior apreço pelos jogos RPG quando adquiri meu PlayStation 1, que foi a época que mais joguei vídeo game. Outro fato marcante na minha história com os RPGs é que nunca consegui zerar nenhum deles. Alguns cheguei no chefão final e não consegui vencer e outros foram deixados pelo meio caminho, acho que devido a serem muito extensos. Todos os jogos apresentados nessa lista são desse estimado console, e a minha intenção não é apresentá-los em ordem classificatória do melhor ao pior ou algo do tipo, mas apenas falar um pouco sobre cada um deles, então, não se apegue a isso, mas te convido a também listar nos comentários jogos de RPG que marcaram a sua vida. Vamos lá!!!
PARASITE EVE
Me lembro que tanto Parasite Eve como Parasite Eve 2 me chamaram atenção por carregarem uma certa semelhança com Resident Evil, jogo que eu tanto gosto, além de trazer um gráfico considerado acima da média para aquele tempo com cenários pré-renderizados detalhados que capturam a atmosfera sombria e decadente de uma Nova York tomada pelo caos, além das cenas em CGI que me deixaram encantados. Esse foi um dos jogos em que não consegui vencer a última chefona (ou boss), Eve.
Com gráficos detalhados e cenas em CGI, Parasite Eve (Playstation) reflete uma atmosfera sombria e decadente de uma Nova York tomada pelo caos
Lançado pela SquareSoft em 1998, Parasite Eve é um título que mistura os gêneros de RPG, survival horror e ação, trazendo uma experiência única para os jogadores da era PlayStation 1. Inspirado no romance homônimo de Hideaki Sena, a trama de Parasite Eve se passa em Nova York durante o Natal de 1997. Você controla Aya Brea, uma policial de Nova York, que se vê envolvida em eventos sobrenaturais após um concerto em que as pessoas começam a pegar fogo espontaneamente, dando início a um confronto com uma entidade chamada Eve. A narrativa aborda temas como mutações mitocondriais, evolução forçada e a luta pela sobrevivência humana.
Um dos fatores legais no jogo era o sistema de customização de armas e armaduras que permitia ao jogador personalizar seu estilo de combate, além das habilidades especiais desenvolvidas por Aya, chamadas “Parasite Energy”, que funcionam como magias, adicionando variedade estratégica às batalhas.
PARASITE EVE 2
A Square conseguiu deixar o que era bom ainda melhor. Lançado em 1999, Parasite Eve 2 traz mudanças significativas que transformam a experiência do jogo, se tornando um RPG de ação misturado com survival horror, o título se inspira fortemente em clássicos do gênero, como Resident Evil, ao mesmo tempo em que mantém características próprias. Esse jogo infelizmente, não me lembro o motivo, parei de jogar pelo meio do caminho, mas pelo pouco que joguei já deu para perceber sua grandeza.
A continuação de Parasite Eve se tornou um RPG de ação misturado com Survival Horror
O jogo se passa três anos após os eventos do primeiro. Aya Brea, agora uma agente da MIST (uma divisão do FBI especializada em mitocôndrias mutantes), é enviada para investigar uma série de incidentes bizarros envolvendo criaturas bio-mutantes. A trama mantém o foco na ficção científica, explorando temas como bioengenharia, mutações genéticas e conspirações governamentais. Contudo, o ritmo é mais direto e menos narrativo que o primeiro jogo, priorizando ação e exploração em detrimento de longos diálogos e explicações científicas.
Parasite Eve 2 abandonou o estilo híbrido de RPG e adota uma abordagem mais voltada para ação em tempo real, mas o uso de habilidades especiais, conhecidas como
Parasite Energy continuam presentes no jogo. Quanto aos gráficos, continuam belíssimos, mas agora apresentam ambientes mais diversificados que variam desde um deserto isolado a laboratórios futuristas.
DIGIMON WORLD 3
O desejo de jogar Digimon World 3 juntamente com o também conhecido Digimon Rumble Arena (jogo de luta) com certeza veio com a febre da animação transmitida no Brasil no início dos anos 2000. Foi outro jogo que ficou pela metade, porém nesse gastei algumas horas explorando, treinando e digievoluindo meus bichinhos virtuais.
A febre brasileira dos bichinhos virtuais no início dos anos 2000 teve um grande representante no Playstation: Digimon World 3
Lançado em 2002 pela Bandai, Digimon World 3 é um RPG que combina elementos de exploração, batalhas por turnos e uma história que mistura o mundo real e o digital. A história do jogo gira em torno de Junior, um jovem que ingressa no MMO fictício chamado “Digimon Online”. No entanto, o mundo virtual é invadido por forças hostis, e Junior é forçado a assumir o papel de herói tanto no mundo digital quanto no real. Ao começar, o jogador escolhe entre três pacotes iniciais de Digimon, cada um com combinações diferentes de criaturas. O treinamento e a digivolução são elementos centrais do jogo. Ao contrário de outros títulos da série, aqui as digivoluções não são permanentes, permitindo que os jogadores alternem entre diferentes formas durante as batalhas, o que adiciona uma camada estratégica.
Os gráficos de Digimon World 3 são mais modestos comparando-se aos demais jogos apresentados nessa lista, mas os seus cenários coloridos e variados, com um estilo que captura bem o espírito do mundo digital não deixam a desejar. Os modelos dos Digimon durante as batalhas são detalhados e bem animados, mas os sprites dos personagens no mapa parecem simples e pouco expressivos. O design das áreas é funcional, mas algumas zonas são confusas e fáceis de se perder, o que pode frustrar durante a exploração.
FINAL FANTASY TACTICS
De todos os jogos na lista Final Fantasy Tactics foi o que menos joguei, porque na época não cheguei a ter o CD, peguei emprestado com um primo meu que gostava muito do jogo, então rapidinho tive que devolver. Mas o pouco contato que tive com o Tactics foi o suficiente para que ele aparecesse por aqui.
O RPG tático da grande franquia da SquareSoft não poderia ficar de fora dessa lista
Lançado em 1997 pela SquareSoft, Final Fantasy Tactics é um marco no gênero de RPG tático. Com uma narrativa política complexa, um sistema de batalhas estratégico e um universo rico ambientado em Ivalice, o jogo se tornou um clássico cult, influenciando diversos títulos subsequentes. A trama se passa no reino medieval de Ivalice, onde conflitos políticos, conspirações religiosas e rivalidades entre classes sociais moldam os eventos. Você assume o papel de Ramza Beoulve, um jovem nobre que se vê preso em uma guerra de sucessão conhecida como a Guerra do Leão.
A jogabilidade de Final Fantasy Tactics é baseada em batalhas táticas em grid, onde o posicionamento e as habilidades dos personagens são cruciais. O jogo utiliza um sistema de turnos onde o jogador deve levar em conta terreno, alcance, altura e o comportamento dos inimigos. Gerenciar bem sua equipe é essencial, já que erros podem levar à derrota.
Os gráficos de FF Tactics são outro ponto forte do jogo, apresentando um estilo isométrico em 2D com elementos 3D, que cria um visual único e marcante para a época. Os designs dos personagens e ambientes são detalhados e artisticamente belos, com animações fluidas para os ataques e magias.
FINAL FANTASY VII
Disse no princípio do artigo que não tinha a intenção de trazer uma lista classificando os melhores e piores jogos, mas desse aqui preciso falar: Final Fantasy VII foi o melhor de todos. Tenho ainda viva a memória a imagem do save no meu memory card com mais de 50 horas jogadas em FF VII. Ainda assim não conseguir finalizar o jogo, não consegui vencer Sephirot, o último chefe. Os pontos que mais me marcaram nesse jogo foram os gráficos e a trilha sonora.
Lançado em 1997 pela SquareSoft, Final Fantasy VII revolucionou o gênero de RPG e o mercado de jogos como um todo. Com sua narrativa envolvente, personagens icônicos e uso inovador da tecnologia 3D, o título marcou uma geração e se tornou um dos maiores clássicos dos videogames.
O grande clássico dos RPGs também é o melhor dessa seleta lista: Final Fantasy VII
O jogo se passa em um mundo distópico e tecnológico, onde a mega corporação Shinra explora a energia vital do planeta (Mako) para alimentar suas máquinas e dominar a sociedade. Nós jogamos com Cloud Strife, um ex-soldado da elite de Shinra, que se junta ao grupo ecoterrorista Avalanche para lutar contra a exploração ambiental. À medida que a história avança, o foco se expande para questões como identidade, sacrifício, ecologia e o destino do planeta, culminando em um confronto contra Sephiroth, um dos antagonistas mais icônicos da história dos videogames. A narrativa é rica em emoções, com reviravoltas impactantes e momentos inesquecíveis, como a tragédia envolvendo Aerith.
Um dos destaques do jogo fica por conta do sistema de Matéria. Esses orbes mágicos podem ser equipados nas armas e armaduras, permitindo que os personagens usem magias, habilidades especiais e summons. A personalização é profunda, incentivando os jogadores a experimentarem diferentes combinações para criar estratégias únicas.
Os gráficos de Final Fantasy VII foram revolucionários para a época, marcando a transição da série para o 3D. O aclamado jogo apresenta personagens feitos com gráficos poligonais na exploração, cenários pré-renderizados com ambientes belíssimos e detalhados e cenas em CGI que foram um marco técnico e impressionaram os jogadores na época.
Nunca me apeguei muito à questão da trilha sonora dos jogos, mas não poderia deixar de falar da trilha sonora de Final Fantasy VII composta por Nobuo Uematsu que é considerada uma das melhores da história dos videogames. Faixas como “One-Winged Angel”, “Aerith’s Theme” e “Opening – Bombing Mission” (inclusive estou ouvindo-as enquanto escrevo este artigo) são icônicas e capturam perfeitamente a emoção e o tom do jogo. Os efeitos de batalha, magias e interações nos cenários são simples, mas eficazes, reforçando o impacto das ações do jogador.
Então, me conta agora qual ou quais desses cinco jogos você jogou ou se tem algum outro que é seu preferido.
Comentários (1)
Brener Pereira Borges
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