A RELAÇÃO ENTRE A MEMÓRIA MUSICAL E OS VIDEOGAMES

Alguns dizem não se importar tanto, mas a verdade é que a maioria de nós tem um carinho especial pelas músicas dos seus jogos favoritos. Aliás, muitas vezes foram essas músicas ou trilhas sonoras inteiras as responsáveis por conquistar a nossa atenção a ponto de nos fazer gostar mais ainda daqueles jogos em questão.

Você consegue imaginar Top Gear com outras músicas? Imagina se ao invés do talentoso Barry Leitch fosse chamado outro compositor que fizesse um trabalho ruim? Ou Sonic e Sonic 2 sem as incríveis composições de Masato Nakamura? Imagina então nossa querida franquia Streets of Rage sem as inesquecíveis composições de Yuzo Koshiro?

Pois bem, hoje vamos falar de trilhas sonoras marcantes, memória musical e o efeito que uma música que fez parte das nossas vidas causa em nosso cérebro.

Em termos gerais, o assunto é bem extenso e eu poderia falar horas e horas sobre as músicas marcantes dos anos 80, 90 e 2000 e as trilhas sonoras de animes como Yu Yu Hakushô e Cavaleiros do Zodíaco que davam um toque todo especial as obras que dispensam comentários. Como esquecer daquelas aberturas e encerramentos não é mesmo?

Mas hoje vou focar nas músicas dos jogos e talvez no futuro vamos falar das trilhas sonoras dos animes ok?

Ao longo da nossa vida, estamos cercados por sons e músicas. Muitas delas cantadas por nossos pais durante a nossa infância, músicas da escola, daquele desenho ou seriado favorito, daqueles comerciais inesquecíveis, enfim, todas elas vão ajudar a formar a sua identidade sonoro-musical, e é claro que as músicas dos jogos não poderiam ficar de fora.

Eu mesmo, quando escuto as trilhas sonoras de alguns jogos como Street Fighter 2 por exemplo, volto a ter 12 anos de idade, indo a primeira vez numa locadora, uma pequena locadorazinha montada na sala de uma casa, a menos de 100 metros da minha querida escola, a Bom Jesus.

Essas memórias ajudam no processo de construção do nosso caráter e identidade. A identidade sonoro-musical destaca a nossa individualidade em relação ao mundo. Quando escutamos músicas importantes para nós que fizeram parte da nossa história, memórias são ativadas, bem como as emoções que estão intimamente ligadas a ela. Esse processo acontece pelo que chamamos de memória musical. Essas músicas vão influenciar diretamente quem somos e quem nos tornamos.

Eu falei agora a pouco de Street Fighter 2 não é mesmo?

As composições de Yoko Shimomura e o lindo porte caseiro para o Super Nintendo não saem da minha cabeça até hoje. Esse foi o motivo do Super Nintendo ter se tornado o meu console favorito: Quando cheguei à primeira vez naquela pequena locadora levado por um colega, (nem lembro ao certo mais quem foi kkk) fui impactado por 2 jogos que me arrebataram o fôlego: Street Fighter 2 e Top Gear. Os jogos eram lindos, incríveis pra época, mas um dos motivos que os tornavam tão legais eram as suas trilhas sonoras. Até hoje, quando ouço essas músicas, volto no tempo e entro novamente naquela locadora.

Mas como sabemos, jogos como Street Fighter 2 e Top Gear são de censo comum, agradando grande parte das pessoas. Mas você tem seus gostos particulares, músicas de jogos que você virava com os amigos, tomando aquele guaraná e comendo aquele salgadinho que eu sei... e cada vez que você escuta, acaba voltando no tempo. Um conselho: Use essas músicas como terapia pra relaxar da vida adulta e não pra se entristecer, pois a nostalgia é uma moeda de dois lados. Se é pra lembrar de algo, lembre com alegria e não com tristeza.

Mas voltando ao tema: A franquia Megaman e Megaman X por exemplo, com aquelas músicas memoráveis, Wild Guns e Gundam Wing pra Super Nintendo, (se você não conhece os jogos e as trilhas sonoras te convido a conhecer, é épico), Rushing Beat Shura, (versão original japonesa do jogo The Peace Keepers), Ratos de Marte, Tartarugas Ninja, Aero Fighters ou Sonic Wings portado pra Super Nintendo, Alex Kidd, enfim, como eu disse dá pra falar horas e horas sobre o assunto. E as músicas dos arcades, os efeitos sonoros, ah saudade boa!

Nas 2 cidades vizinhas onde me criei não existia arcade perto da minha casa. Só existiam 2 opções pra jogar: Ou ir ao Shopping (longe pra burro e a gente ia uma vez que outra só quando tinha dinheiro pra passear e fazer um lanche), ou ir na “faixa”a avenida principal, cerca de uma hora a pé da minha casa, e esta só depois de estar no segundo grau!

Então, a minha experiência maior foi com aquela locadora, casa de amigos e posteriormente em casa. Na época de PS1, som com qualidade de CD e aquelas músicas de Tekken 3 e outros jogos inovadores. Nessa época voltei a frequentar as locadoras. Marvel vs Capcom, Street Fighter Ex Plus Alpha, jogos que estão intimamente ligados as suas músicas e aberturas.

Bom, o que você achou dessa matéria, o que você acrescentaria?

Este texto saiu na revista deste mês, aliás, a revista Muito além dos videogames número 7 está imperdível. Ela está com mais páginas, 52 nesta edição. A revista física acabou, mas o PDF está aqui no nosso site por apenas R$ 5,00. Se você gostou desta matéria, deixe aqui o seu comentário. Muito obrigado e até a próxima!!!


Fonte de pesquisa: Gazeta do povo.

https://www.semprefamilia.com.br/comportamento/como-a-memoria-musical-mexe-com-nossas-emocoes-reforca-nossa-identidade-e-nos-faz-mais-humanos/



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